Violência nas Escolas : o que queremos construir em nossas escolas?

Atualmente temos discutido e enfrentado diariamente noticias de violência nas escolas. O que está acontecendo com nossos alunos? O que tem acontecido com os nossos professores?

Estava lendo a revista Psique, e encontrei uma matéria que chamou a atenção e que gostaria de compartilhar com todos vocês. A matéria trata sobre uma pesquisa da Dra. Maria Isabel da Silva Leme, psicóloga, doutora em Psicologia Escolar e do Desenvolvimento Humano. O trabalho relata dados sobre a incidência de bullying nas escolas de São Paulo. Ela coloca vários dados que nos faz pensar...  Quais são os papeis dos professores, diretores e todos envolvidos com a escola? O que é importante construirmos em nossas escolas, o afeto ou a cognição, ou os dois?

Maria Isabel, coloca em um dos trechos do livro Convivência, conflitos e educação nas escolas de São Paulo que, “o diretor de escola é assoberbado com tarefas que tem pouco a ver com o pedagógico. Caberia, assim, às Administrações Educacionais exigir menos relatórios dando mais tempo ao gestor de promover debates com a comunidade escolar.” Esses são um dos pontos importantes, e que me parece relevante em refletirmos. Outro ponto que chamou atenção na matéria, foi a questão sobre o cuidado com a afetividade nas escolas. Muitas vezes nos preocupamos muito mais em formarmos alunos conteúdistas, do que formarmos seres humanos completos, cognitivos e afetivos. Segundo a autora do livro, “a escola, tradicionalmente, só se ocupa do racional passando uma mensagem implícita para os alunos de que a afetividade não é tão importante quanto o desenvolvimento da cognição”. Neste contexto, os espaços da sala de aula não deveriam ser apenas um local de relações de ensino e aprendizagem de conteúdos, e sim, um ambiente de formação humana do aluno, construída através das diferenças entre os sujeitos, identidades, histórias e trajetórias, aproximando-se ao que de fato é verdadeiro. Contribuindo assim, para que o nosso aluno construa o respeito e a responsabilidade por si e pelo outro, a ética das relações humanas.